sábado, 21 de junho de 2008

OPINIÃO

Que papelão, o do PMDB! – Paulo Santos
O falecido deputado Gervázio Maia deve estar se remexendo na cova e de onde estiver observando o quadro político pessoense por certo estará revoltado com o papelão feito pela bancada peemedebista na Assembléia Legislativa e envolvendo seu filho e líder da oposição, o deputado estadual Gervázio Filho.
Os deputados peemedebistas se reuniram e “indicaram” dois nomes ao Conselho Político para vice de Ricardo Coutinho (PSB). “Indicaram” é eufemismo para a pantomima que os parlamentares se envolveram, inclusive uma deputada como Iraê Lucena, que prima pela ética em todos os sentidos em respeito à herança genética.
Até o mais ignorante dos eleitores pessoenses sabe que não houve nenhuma “indicação”, mas apenas a colocação de um nome-biombo – no caso, o de Gervazinho – para fazer companhia ao ex-deputado federal Benjamin Maranhão nessa célebre sugestão de acompanhante do Prefeito na sua tentativa de reeleição.
É bom ressaltar, de início, que não há qualquer questionamento quanto à colocação do nome de Benjamin à disposição de Coutinho, tanto do ponto de vista político como da ótica ética. Tudo estaria na mais perfeita sintonia se o deputado Gervazio Filho não tivesse dito em entrevista aos repórteres que ser vice de Ricardo não está no seu projeto político.
Essa declaração denota que Gervazinho entrou na composição de forma aética e – quem sabe? – para impedir que outro nome de peso – como o do também deputado Trócolli Júnior ou o da ex-deputada Lúcia Braga – pudesse fazer parte do elenco de sugestões e conseguisse empanar o brilho do nome de Benjamin.
Aliás, esse triste espetáculo do Conselho Político que atende às ordens de Ricardo Coutinho é digno de figurar entre as grandes piadas políticas da Paraíba. Esse grupo tem a sacrossanta missão de juntar um punhado de nomes de desconhecidas celebridades, colocá-los num balaio e levá-los à Prefeitura onde Ricardo, numa atitude digna de um semi-Deus, vai ungir o nome que considera mais competente, mas amigo, mais leal, que arregimenta mais votos e com maior disponibilidade de tempo no horário eleitoral para ser seu vice.
E os outros nomes sugeridos pelo tal Conselho Político? Vão para o lixo político. Consideremos a hipótese de que o escolhido seja Benjamin e não Rodrigo Soares (PT). O jovem parlamentar petista tem competência, brilho próprio, votos e numa se envolveu em sanguessungagem, mas será preterido para ser vive. Tem valor para ser escolhido pelo povo, mas não cabe no apertado perfil que só Ricardo Coutinho conhece.
E o deputado Gervázio Filho, como fica? Seu projeto é manter a liderança da parte do clã Maia de Catolé do Rocha que permanece no PMDB, mas foi impelido para participar dessa estultice na Capital. Foi uma atitude que desafia a inteligência dos paraibanos e dos pessoenses em particular. Um ato insensato. Uma benesse de clã para clã. A sapiência de Gervazão, com todo o respeito pelo filho, não merecia isso. Aliás, neste portal, há um ano este locutor que vos fala dizia que o senador José Maranhão faria tudo e mais alguma coisa para indicar Benjamin como vice.

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