segunda-feira, 30 de março de 2009

OPINIÃO

ALARMANTE É A INSENSIBILIDADE
Fiquei tão triste quanto estarrecido ao ouvir o novo secretário estadual da Segurança Pública, Gustavo Gominho, dizer friamente que sete homicídios, ocorridos na Grande João Pessoa, neste final de semana que passou, não era um índice “alarmante”, completando que se tratava de números normais para uma Capital.
É uma pena que o segundo maior responsável pela Segurança Pública – o primeiro é o próprio Governador que o nomeou – ache “normal” que sete vidas jovens (somente no final de semana passado) tenham sido tiradas a tiros e facadas. Aliás, não importa se eram jovens ou idosas: eram vidas, pessoas iguais a nós, talvez apenas com problemas diferentes dos nossos.
A constatação de que sete jovens mortos apenas num final de semana não é um índice alarmante pode traduzir bem a idéia de como os setores responsáveis pela Segurança Pública deixaram de ver o cidadão como ser humano, mas apenas como estatística. O que dizem os pais de jovens que, como o Secretário de Segurança, têm filhos jovens?
Não conheço nenhum pai que, seja qual for a quantidade de filhos que crie, veja sua prole apenas como uma escala aritmética. A visão é outra, sentimental, apaixonada, carinhosa, que supera a simples intenção da perpetuação da espécie.
Como dizer ao Secretário e às demais autoridades da Segurança que queremos nossos jovens vivos e não mortos até a escala dos índices “alarmantes”? Não quero apenas ver vivos os meus jovens, mas os deles e os de todo o mundo.
O que mais assusta: sete jovens mortos a tiros e facadas ou autoridades que vêem a morte sob o prisma técnico, desprovido do caráter existencial? Não esquecer que estes foram os mortos de apenas um fim de semana, o que passou. Não é o somatório de todos os finais de semana deste ano ou dos anos anteriores.
O índice no qual queremos introduzir os nossos jovens não aqueles sugeridos pelos caixões que baixam as sepulturas nem pelos rios de lágrimas derramados por pais e mães em qualquer parte do mundo. Queremos ver as estatísticas das notas escolares ou vertendo lágrimas de euforia pelas vitórias desses jovens na batalha péla vida.
Queremos ver nossos jovens vivos e felizes, sem comporem índices alarmantes – ou não – da violência. Queremos que nossos jovens sejam tão vitoriosos quanto o são o Secretário de Segurança e as outras autoridades. E um pouco mais de sensibilidade não faz mal a ninguém.

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quinta-feira, 26 de março de 2009

ORAI, IRMÃOS

Tudo indica que quatro pessoas com o sobrenome Bispo desafiavam a lei do nepotismo, no Espaço Cultural.
Pode ser uma família, mas a atitude é de igrejinha.
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quarta-feira, 25 de março de 2009

OPINIÃO

ALGODÃO ENTRE CRISTAIS
Há dias que alguns deputados estaduais cumprem o papel de “algodões entre cristais”, ou seja, tentam amenizar os conflitos entre a maioria – ligada ao ex-governador Cássio Cunha Lima – e a minoria – vinculada ao Palácio da Redenção.
Quem vê a atuação de alguns membros desses blocos – os deputados Carlos Batinga (PSB) e Branco Mendes (DEM), por exemplo – percebe facilmente que o Poder Legislativo ainda tem compostura e pode ser responsável por suavizar um pouco o rescaldo do tsunami que se abateu sobre esse Estado, a pequenina e heróica Paraíba.
Há outros deputados estaduais que também estão jogando no time de Batinga e Branco, mas há outros completamente desnorteados. Lembram, mal comparando, com a idéia que nos é passada pelos espíritas de atordoamento daqueles que acabam de mudar de dimensão. Ficam em ziguezague pelo espaço por enquanto indefinido e não sabem bem onde aportar.
A primeira lembrança que deveria vir à cabeça desses parlamentares que não sabem perder o poder ou ascender ao poder é que a Paraíba não está vivendo a crise mundial atual. A Paraíba está em crise desde que foi fundada. Não são eles que irão tirar o Estado dessa situação, mas poderiam fazer um pequeno esforço para não piorar as coisas.
Bater boca desnecessariamente, remexer o baú de recordações de obras e disseminar o pânico entre os funcionários públicos são algumas dessas coisas odientas que estão oxigenando a atividade política da Paraíba. É difícil, quase impossível, conscientizar parlamentares de que eles podem e devem trabalhar como qualquer outro cidadão.
Enganam-se os políticos em imaginar que a sociedade não os está observando. Mais cedo ou mais tarde os que não honram com a seriedade do mandato serão expurgados da vida pública. Exemplos não faltam no Ponto de Cem Réis ou nos calçadões das cidades do interior. Não se deseja transformar a Assembléia num seminário ou convento ou que a atividade política se transforme da noite para o dia num passaporte para a salvação da alma. O mínimo de cautela e compostura, porém, não faz mal a ninguém.

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MAIS UMA PERDA

Jacinto Barbosa numa semana, Virgílio Trindade na outra...
Lentamente a Paraíba vai perdendo alguns dos seus grandes valores no impresso e no radiofônico.
Virgílio Trindade era um símbolo de profissional em Patos, com lucidez e discernimento impecáveis.

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terça-feira, 24 de março de 2009

A PRÓXIMA BATALHA

Aliados e adversários do Partido dos Trabalhadores da Paraíba estão de olho no calendário petista.
É que provavelmente no meio do ano – ou pouco depois – o PT terá uma série de encontros para algumas definições.
É aí que vai aparecer, de vez, a guerra fratricida entre os adeptos do apoio a Maranhão e a Ricardo Coutinho.
Há quem esteja disposto a doar detectores de metal para os locais onde vão ser realizadas as reuniões dos petistas.

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JEOVÁ PARA FEDERAL

O deputado Jeová Campos (PT) é pragmático.
Indagado pelos jornalistas nesta terça-feira (24) se era candidato a deputado federal, não titubeou:
- Sou, sim, para servir a uma estratégia do partido.
Traduzindo: Jeová quer ser o principal candidato do Partido dos Trabalhadores da Paraíba a deputado federal na vaga do padre Lujiz Couto que, por sua vez, sonha em ser o candidato do PT paraibano a senador, numa composição com José Maranhão (PMDB) ou Ricardo Coutinho (PSB).

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MOTTA X MINERAL

O clima anda tenso na Assembléia Legislativa e, na tarde desta terça-feira (24), por muito pouco dois parlamentares não perderam a compostura.
De um lado, a deputada Francisca Motta (PMDB) dizendo que a adutora Patos-Assunção estava com as obras paralisadas por conta do então Governo Cássio Cunha Lima.
Do outro lado, o deputado Antônio Mineral (PSDB) assegurava que a adutora já estava com 50 quilômetros construídos. “Como uma obra dessas pode estar parada?”, indagava o parlamentar.
Como ninguém tinha condições de provar o que dizia, ficou o dito pelo não dito.

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domingo, 22 de março de 2009

INVESTIGAÇÃO EM CAMPINA

A Polícia Federal foi acionada pelo BNDES-Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para uma investigação na Paraíba.
É para descobrir que fim levaram alguns equipamentos que foram adquiridos para o prédio da antiga Wallig, em Campina Grande, que sumiram misteriosamente.
A investigação do BNDES resulta da constatação de que o prédio teve suas finalidades distorcidas do que pregavam os termos do financiamento concedido para as empresas que se instalaram no local.

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A DÍVIDA COM “A UNIÃO”

Início de Governo é sempre marcado por surpresas para quem chega e o jornalista Nélson Coelho, novo superintendente de A União teve algumas.
A principal delas se refere à dívida do Governo do Estado com o histórico jornal oficial: R$ 4 milhões e 80 mil reais.
Não se trata de dívida de clientes externos, mas do próprio Governo.

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CINEP FAZ LEVANTAMENTO

O diretor-presidente da Cinep, João Laércio, vai receber um minucioso levantamento sobre a situação dos Distritos Industriais da Paraíba.
Os 14 núcleos do órgão, espalhados por todo o Estado, já começaram a montar o diagnóstico da situação, mas dá para perceber que as coisas não vão muito bem.
João Laércio não quer aprofundar opiniões porque a pesquisa ainda está sendo feita, mas adianta que algumas coisas não estão nos eixos.
O metro quadrado das áreas dos distritos industriais, por exemplo, tem o mesmo preço de 12 anos atrás.
O levantamento vai ser estendido até os cartórios de imóveis.

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LEMBRANÇA DE JACINTO

O jornalista Jacinto Barbosa, que morreu no início da semana passada, foi lembrado neste domingo (22) durante a missa matinal na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Miramar.
O celebrante, padre José Carlos, não economizou elogios à conduta pessoal e profissional de Jacinto.
E estava coberto de razão.

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sábado, 21 de março de 2009

NAUFRÁGIO

Frase ouvida nesta sexta-feira (20) liberada pela voz macia de uma raposa política paraibana:
“Se o prefeito Ricardo Coutinho fizer uma aliança com o ex-governador Cássio Cunha Lima, para 2010, sua candidatura vai ganhar um apelido: Titanic”.

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EXEMPLO DE POUPADOR

Quem tiver juízo não duvide da capacidade do governador José Maranhão em poupar dinheiro.
Um dos principais exemplos atuais é em relação aos gastos do partido que ele preside na Paraíba – o PMDB.
Há dois que não entra um centavo nos cofres peemedebistas devido à suspensão do fundo partidário.
Não é nada. Não é nada, são R$ 400 mil anuais que deixaram de entrar no cofre do PMDB paraibano e não há perspectivas do partido voltar a receber esses recursos imediatamente.
Maranhão está pagando as contas com uma reserva que ele fez há anos, além de ter tomado algumas providências paralelas, como desativar celulares pagos pelo partido, não permitir abastecimento de carros em postos de combustíveis por conta do PMDB, etc...

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AMEALHANDO APOIOS

O líder do Governo na Assembléia, Gervázio Maia Filho, pode até desconversar quando o assunto é candidatura a deputado federal em 2010, mas alguns dos seus passos podem denunciá-lo.
Um exemplo: o acordo que ele fechou esta semana com três vereadores quando estava num cafezinho no centro da cidade, próximo ao Ministério Público.
Quem viver, verá.

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TRANSPORTE ESCOLAR

Prefeito que está reclamando da falta de recursos para transporte escolar em seu município deve tomar algumas providências.
A primeira delas é levar a planilha de custos à Secretaria de Educação como passo inicial para liberação da grana.O secretário de Educação, Sales Gaudêncio, me disse nesta sexta-feira (20) que estará regularizando a situação até 31 deste mês.

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sexta-feira, 20 de março de 2009

MUDANÇA NOS ASSOCIADOS

Terá sido apenas mera coincidência que os Diários Associados resolveram mudar a cúpula do condomínio, na Paraíba, logo após a mudança de governante no Estado?
Pelo sim e pelo não é bom não acreditar em coincidências quando há tantos interesses políticos em jogo.
Assim como aconteceu quando Brasília enviou Marcondes Brito de volta à Paraíba, agora o condomínio manda mais uma prata da casa para cuidar do conglomerado paraibano, Carlos Pereira de Carvalho.
Competência e conhecimento não lhe faltam para fazer um bom trabalho.

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MAIS PF NA SEGURANÇA

Tudo indica que o secretário da Segurança, Gustavo Gominho, continuará “importando” mão de obra especializada da Polícia Federal para o Governo do Estado.
Comenta-se que ele vai reformular a destroçada assessoria de imprensa da Secretaria, com a convocação de uma servidora da Polícia Federal.
Causa surpresa, entretanto, saber que a pessoa a ser convocada não é jornalista, o que representa – no mínimo – um menosprezo pelos profissionais da área.

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quinta-feira, 19 de março de 2009

DESEMBARGADORA SERÁ VICE

Tudo indica que a desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti deve assumir dentro de poucos dias a vice-presidência do Tribunal de Justiça do Estado.
Ela vai substituir no cargo, possivelmente até o final de abril, o desembargador Jorge Ribeiro da Nóbrega, que se aposentará por alcançar a idade-limite.A desembargadora Fátima Bezerra se divide, hoje, entre a magistratura e as tarefas de Primeira Dama do Estado, como mulher do governador José Maranhão.

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CÍCERO E MARANHÃO

Quem ouviu o senador Cícero Lucena se pronunciar contra a propalada aliança entre o governador Cássio Cunha Lima e o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, sentiu que o ex-Prefeito da Capital está disposto a ir à fratura exposta.
Isso quer dizer que, para não pedir votos para que mais o acusou de desonestidades, Cícero pode se aliar ao governador José Maranhão em 2010 para impedir que Ricardo chegue ao Palácio da Redenção.
Além disso, em se concretizando a aliança e uma vitória de Coutinho, Cícero sabe que seu feudo político na Capital seria irremediavelmente destruído pelo esquema do PSB.

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PÁDUA DE VOLTA

O desembargador Antônio de Pádua Montenegro voltou às suas caminhadas matinais na orla marítima de João Pessoa demonstrando que está plenamente recuperado do problema de saúde.
Ele se submeteu a uma delicada cirurgia cardíaca, meses atrás, que o fez afastar-se do cargo de presidente do Tribunal de Justiça quase ao apagar das luzes do seu mandato.

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segunda-feira, 9 de março de 2009

OPINIÃO

UMA GRANDE LIÇÃO
Há muito um gol não me emocionava. Acho que a última vez que isso aconteceu foi assistindo, na área de lazer da casa de Manuel Raposo, a um Flamengo e Vasco no qual Petkovic marcou de falta, também no finzinho do segundo tempo, dando o tricampeonato ao Mengo. Depois disso, só emoções contrárias, como a do gol da França quando Roberto Carlos ajeitava o meião.
O gol que me reconciliou com a emoção foi neste domingo (8), marcado por Ronaldo no empate do Corinthians com o Palmeiras. Não porque a jogada tenha sido extraordinária (escanteio é sempre a mesma porcaria) ou porque a cabeçada de Ronaldo tenha sido um primor (Pelé tem milhares delas muito mais bonitas).
O sentimento vem da grande lição contida naquele gol. Só uma pessoa obstinada, convicta no seu poder de recuperação, é capaz de proporcionar uma alegria daquela não apenas aos corintianos, mas aos sãopaulinos, aos flamenguistas, aos vascaínos ou para qualquer torcedor que tenha tanto respeito pelo ser humano quanto pelo profissional. O jogador sai de campo, mas a pessoa fica para a eternidade (é para isso que existem DVDs, etc.).
Ronaldo não me emociona como artilheiro porque isso ele já foi. Como Garrincha, que um dia vi entrar em campo inchado, sem ser sequer a sombra daquele endiabrado ponta do Botafogo e da Seleção. É aí que começam as diferenças entre um e outro: Garrincha definhou à medida que o álcool o desmontava, enquanto Ronaldo se desmonta como homem, mas ressuscita como jogador a cada contusão.
Depois do gol, um desses garotos do Corinthians sapecou um beijo no rosto de Ronaldo quando voltavam para o meio de campo. Era a circunflexão de um jovem a um ídolo, mas foi a síntese de tudo o que os brasileiros gostariam de ter feito neste domingo: beijar a força de vontade, a determinação, a capacidade de superação. Qualquer outro atleta que tivesse caído em campo se contorcendo de dor, com as contusões de Ronaldo, hoje estaria em casa já vivendo do que amealhara na carreira, mas com o atacante do Corinthians a vida está lhe dando outra oportunidade: quando parar de correr atrás da bola pode ir aos auditórios e bradar que superação era com ele mesmo. Que isso sirva de exemplo para todos, principalmente para os mais jovens, atletas ou não.

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CORAGEM DO PADRE

Quem assistiu à missa das 7 da manhã deste domingo (8), rezada pelo padre José Carlos, da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima em Miramar, voltou a acreditar que há vida inteligente na nossa Igreja Católica nordestina.
O padre José Carlos não escondia sua revolta e, sem citar nomes, criticou duramente a heresia do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, em dizer que o estupro é um crime menos importante que o aborto.
“Isso não existe: uma coisa (o aborto) é consequência da outra (o estupro) e as duas são crimes”, disse um indignado padre José Carlos.

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GLAUBERTO: LEMBRADO

O curador do Consumidor, Glauberto Bezerra, pode até não saber, mas sua passagem pela Secretaria da Segurança Pública da Paraíba ainda é lembrada, sobretudo por oficiais da Polícia Militar.
Glauberto foi secretário durante o Governo Maranhão II , ao deixar o cargo, foi ocupar idêntica secretaria no Estado do Rio Grande do Norte.
Há quem ache que o atual secretário de Segurança, Gustavo Gominho, pode fazer um trabalho igual – ou melhor – do que Glauberto porque ambos têm a mesma origem: a Polícia Federal.

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PAGAMENTO DO LEITE

Os produtores de leite estão com as duas mãos na cabeça, sem saber o que fazer com o prejuízo que amargam desde que houve a mudança de Governo.
O então governador Cássio Cunha Lima havia elaborado uma tabela institucional de pagamentos do leite entregue para o programa governamental, mas há cinco semanas que os produtores não vêem um centavo da FAC.
A cadeia produtiva está se deteriorando e o desespero começa a bater á porta dos que fornecem leite para o Estado.
A decisão de pagar – ou não – cabe ao governador José Maranhão e à ex-deputada Lúcia Braga
O Governo já atendeu, nesta segunda-feira (9), as cooperativas de cirurgiões. O mesmo poderia ser feito em relação aos produtores de leite.

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sábado, 7 de março de 2009

LINHA DIRETA

Estão divulgando na internet que um cara conseguiu criar uma linha telefônica que fala diretamente com Deus.
Uma coisa me intriga:
O que tanto esse cara conversa com o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho?

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OPINIÃO

UM FANTASMA ESTEVE AQUI
O presidente Lula tem ministros e secretários (com status de ministro) para todos os gostos. Tem ministro para dizer “saúde” quando espirra, para abrir e fechar portas, para rir de seus trocadilhos infames e por aí vamos que a caminhada segue até 2010. Tem ministro até que sequer fala português corretamente e não conhece nada de regionalismo.
De todo o time que diz amém a Lula na Esplanada dos Ministérios, quem ele escolheu para visitar a Paraíba na primeira hora do novo Governo? Exato: esse ministro que fala português com sotaque amerricano e que não conhece nada de regionalismo. O único possível vínculo que tem conosco é o nome: Mangabeira.
Pois foi esse ministro-não-se-sabe-de-quê – o sr. Mangabeira Unger - que desembarcou na Paraíba esta semana e dividiu seu precioso tempo entre jantares, viagem a Patos e uma aula do que é a Paraíba no ambiente refrigerado do Palácio da Redenção.
À exceção dos ministros da Casa Civil (Mãe Dilma), da Saúde (Temporão) e da Educação (Haddad), além do Mantega que cuida da chave do cofre, todos os ministros de Lula são ilustres desconhecidos e o Unger é, não por coincidência, o mais desconhecido desse segundo bloco.
Pois foi ele o escalado para vir ver a Paraíba na aurora de um novo Governo. Foi sobre os ombros da heróica figura de Mangabeira Unger que Lula colocou a responsabilidade de incluir esse pedaço de Brasil no futuro que o Governo Federal nos reserva. Unger, que pronuncia Parraíba (houve quem risse dele no Palácio), capacitado professor de mega-universidades norte-americanas, tomou um banho de Nordeste. Não sei como o sotaque dele pronuncia oxente, mas deve ser ridículo.
A visita de Mangabeira Unger à Paraíba e a outros Estados do Nordeste, na verdade, representou apenas mais um desperdício de dinheiro público. Nada deixou e nada levou. O mérito de Unger foi ter sido nomeado ministro depois de dizer que o Governo Lula era “o mais corrupto do Brasil”. Pode ser que, por ter proferido essa verdade, tenha conquistado alguns votos que, dentro de mais algum tempo, pode transferir para Mãe Dilma. Pense em dois ministros conhecidos!

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VIA ALTERNATIVA

Nos ambientes onde se respira política, em João Pessoa, começa a se observar uma movimentação principalmente entre empresários e outros segmentos sociais.
Quem se sentia “imprensado” entre o desprezo do Governo Cássio e a arrogância de Ricardo Coutinho começa a se aproximar do Governo Maranhão e a receber alguns acalantos.
Se o pessoal responsável pelo Governo do Mestre de Obras tiver sensibilidade e pouca empáfia vai abrir um grande caminho para a reeleição em 2010.

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OPINIÃO

ESTUPRA, MAS NÃO MATA!
Simão Vieira de Mairins*
Dois casos polêmicos envolvendo lideranças da Igreja Católica tomaram os noticiários nas últimas semanas. Não falo das denúncias de pedofilia ou da complacência com políticos corruptos, assuntos tão banalizados quanto os conflitos no Oriente Médio e as trocas de tiros nas favelas brasileiras. Falo do espetáculo de intolerância e obscurantismo dessa mesma instituição tão bem apresentado pelos arcebispos da Paraíba e de Recife e Olinda.
O conservadorismo de Aldo Pagotto e José Cardoso Sobrinho nunca foi segredo. Sua subserviência - mais que compreensível - à doutrina que juraram respeitar, também não. Nem de longe, representam a igreja - igreja no sentido de povo - que tinha em homens como dom Hélder Câmara um amigo, um aliado.

Hoje, imprensa, movimentos sociais, intelectuais, partidos (de esquerda, ex-esquerda, centro, e tudo mais que tem por aí) repudiam, com toda razão, os dois religiosos pelas atitudes tomadas recentemente. Nada mais legítimo que a sociedade se manifeste contra atentados à racionalidade humana. Proibir um sacerdote de exercer suas funções por ele defender a vida e excomungar profissionais e uma mãe sob a acusação de assassinato, por causa do aborto em uma menina de nove anos violentada pelo padrasto, além de contraditório, é insano.

Pagotto e Sobrinho são sim o que pintam por aí. Mas eles, como o repórter - que vai para a rua, a mando do chefe, catar subsídios contra os dois religiosos - recebem ordens e têm de cumprir. O mal se difunde através de quem o executa, mas brota todos os dias de quem o ordena. O fato é que a Igreja Católica, do alto de seu Estado Vaticano, com base em uma Constituição Divina, que, cotidianamente, durante séculos, homens têm apresentado emendas a seu bel prazer, manda seus bispos e padres e se esconde atrás das falácias que a sustentam desde a origem.

No entanto, nos jornais, nas manifestações, nas escolas, nas universidades, o cuidado para não ferir o Vaticano, claramente expressada na grande maioria dos atos de repúdio, chega a ser tão obscurantista quanto as posturas criticadas. Revidar em Pagotto e Sobrinho ao mesmo tempo que se afaga a instituição etérea do Catolicismo é como condenar os soldados americanos pela morte de iraquianos e inocentar George Bush. Se Aldo Pagotto diz que Luiz Couto não pode mais rezar missa, é o que diz a Santa Igreja Católica. Se José Cardoso Sobrinho parodia Paulo Maluf ao dizer que o estuprador não pode ser excomungado, porque o aborto é mais grave que o estupro, é uma ordem de Bento XVI.

A igreja não precisa de Igreja. Ter fé independe de doutrina. Prefiro correr o risco de não ir para o Céu a ter a certeza de que, em vida, fiz coro com uma instituição que diz: estupra, mas não mata!

*Pernambucano radicado na Paraíba, batizado na Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, crê em Deus, mas não costuma ir à missa, não acredita em santos (mas também não doa dízimo), usa camisinha e defende o aborto em alguns casos.

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sexta-feira, 6 de março de 2009

O PMDB RESSURGE

Durante os últimos anos a sede do PMDB, localizada na Duarte da Silveira em frente ao DER, foi praticamente abandonada pelos correligionários de Maranhão e Haroldo Lucena, só tendo movimentação quando aparecia uma ou estrela solitária do plano nacional.
Nas últimas campanhas eleitorais alguns comitês do PMDB – inclusive nas proximidades da sede – eram mais movimentados do que a casa peemedebista.
Alguns personagens talvez jamais serão vistos entrando ou saindo daquela sede. É o caso do ex-senador Ney Suassuna ou do ex-governador Garotinho, do Rio de Janeiro, nas suas andanças por solo paraibano.
Desde a investidura de Maranhão no Governo, porém, a sede do PMDB tornou-se a Meca de muita gente. Quase nunca se via um automóvel naquele local e, agora, praticamente não se encontra espaço para estacionar um carro de mão.
Por essas e outras se percebe o ressurgimento do PMDB da Capital, que andava encolhido e sorumbático, mas que parece ter parentesco com a Fênix.
Tucanos e socialistas que se cuidem.

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A TRÉGUA SOCIAL

Nem tudo está perdido: no meio de todo esse turbilhão de mudança de Governo é salutar se ver que nem todos os envolvidos têm ambições políticas e, por isso, não se agridem.
As declarações da nova presidente do Cendac, Teresa Alice Bezerra Cavalcanti, cunhada do governador José Maranhão, serviram para realçar esse aspecto.
Ao conversar com os repórteres, na manhã desta sexta-feira (6), a irmã da desembargadora Fátima Bezerra disse sem meias palavras que encontrou “a casa arrumada” e que tudo faria para dar continuidade ao que encontrara de bom.
Que sirva de lição a saintes e entrantes que vivem se alimentando – e à política – de mesquinharias, fuxicos e maledicências.

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30 DINHEIROS

Feio, muito feio, mas feio mesmo o comportamento de um conhecido radialista de João Pessoa que correu aos bastidores do novo Governo para futricar contra colegas que atuam em assessorias de Comunicação.
Felizmente os ouvidos ficaram moucos para o rapaz que terminou sem levar o que queria e ainda vai amargar a reprovação de alguns que, conhecedores do epísódio, o tinham na conta de um sujeito ético e sem desvios de caráter.

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A NOVA REALIDADE

O novo diretor-presidente da Cinep, João Laércio, volta à casa, mas com a visão voltada para as mudanças que ocorreram na Paraíba, no Brasil e no mundo nos últimos anos.
João me disse nesta sexta-feira (6) que só dentro de duas semanas é que poderá começar a projetar o futuro da estatal responsável pelas políticas de desenvolvimento industrial do Estado.
A área industrial é sensível a qualquer oscilação da economia e se os reflexos desses problemas são intensos num corpo musculoso como São Paulo o que não se dirá da situação da situação da indústria paraibana.

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terça-feira, 3 de março de 2009

OPINIÃO

ENTRAMOS – OU NÃO – NO PAC?
Ao que se saiba, não há mais motivos para o Governo Federal discriminar a Paraíba. A redução da participação paraibana no PAC nunca foi muito bem explicado pelos aliados de Lula no Estado, mas até o mais imberbe observador sabe que isso decorria do fato de se ter um Governador tucano e uma dupla de senadores da oposição.
O Governo Lula tem sido generoso na distribuição de obras e serviços em Estados que não têm importância econômica na região maior do que a que imaginam ter a Paraíba. O Piauí e Sergipe foram contemplados com uma dinheirama que nunca tinham visto antes, para não falar nos maciços investimentos feitos no Ceará, em Pernambuco e na Bahia.
Agora que a Paraíba tem um Governador do PMDB, o que dirão Lula e Dona Dilma no momento em que o novo administrador paraibano bate à porta do Planalto? Com a experiência adquirida em 50 anos de política e dois mandatos de Governador já exercidos, Maranhão sobe o elevador do Planalto amparado por uma força que o PMDB nunca teve para fustigar o Presidente de plantão.
O Governador da Paraíba não esperou a poeira baixar para ir em busca dos recursos federais, principalmente do PAC. O problema é que o programa de aceleração engendrado por Dona Dilma está patinando em dívidas. O dinheiro existe no Orçamento, mas não sai do cofre federal.
Tudo indica que a Paraíba, governada por um tucano ou por um peemedebista, continuará recebendo apenas as migalhas que caem da mesa do PAC. Isso porque o peso eleitoral do Estado – com pouco mais de 2 milhões de eleitores - numa disputa como a que Dona Dilma poderá enfrentar em 2010 não representa lá muita coisa e não haveria nenhum preconceito numa possível avaliação dessa natureza, mas a cruel realidade.
Há, ainda, um problema adicional: não temos mais o trator Ney Suassuna batalhando por novos recursos para o Estado. Definhado pelo escândalo das sanguessugas, Ney agora fará falta ao lado de Maranhão para tentar recuperar o tempo perdido.
Resta, portanto, torcer para que Maranhão obtenha êxito na sua peregrinação pelos sombrios gabinetes do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios. Essa é a sina dos pequenos: viver de pires na mão à espera de que o barulho de uma moedinha possa gerar uma festa.
Deus tenha piedade de nós.

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