terça-feira, 30 de setembro de 2008

Opinião

POR NOVOS PARTIDOS
É difícil, para o cidadão que não respira política, distinguir o que realmente vale em uma eleição: o partido ou o candidato. Historicamente o brasileiro, sobretudo os mais carentes, tem se valido dos mais espertos para votar na pessoa e sequer dar atenção ao partido de quem está sendo votado.
Poucos são os políticos – acredite: há exceções! – que procuram marcar a diferença entre o personalismo e o partidarismo. A primeira opção é sempre mais cômoda porque vai direto na ingenuidade do eleitor, quer seja o incauto que adora promessas ou o que se considera “cobra criada”.
Os partidos passaram a ser menos espancados há pouco tempo, depois que os tribunais superiores começaram a fazer o que o Congresso não se dispõe a fazer, ou seja, aplicar alguns princípios constitucionais que ardilosamente foram sendo mantidos nos armários do Senado e da Câmara.
Uma das grandes lições foi dado pelo Tribunal Superior Eleitoral quando pôs fim à gandaia da infidelidade partidária. Muita “gente boa” – inclusive da Paraíba – já perdeu o mandato, de vereador a deputado federal. Havia casos de deputados que trocaram 11 vezes de partido em apenas uma legislatura. O nome disso é prostituição.
Ninguém deixa um partido e se aboleta em outro se não houver uma vantagem escondida nos escaninhos do poder. Não é por coincidência que a maioria dos “vira casacas” estava alojada em partidos perdedores de eleição – ou seja, na oposição – e, por amor a várias causas, terminou sucumbindo á doçura dos governos.
Mais uma eleição está diante de todos e o eleitor continua discutindo nomes. Não é pra menos: isso vem sendo empurrado goela abaixo desde tempos imemoriais. Não poderia mudar de 2006 para cá. Alguma coisa, porém, começa a se modificar nesse pântano eleitoral.
Quem for eleito neste pleito de domingo sabe que uma espada ronda sua cabeça. É o aço frio da cassação pela infidelidade partidária. O eleito, desta vez, não vai comemorar vitória e, algum tempo depois, ver o suplente ocupando as tribunas. Quantos eleitos em 2004 não estão nessa condição, agora?É necessário, porém, que haja evolução. Não se pode comemorar apenas a degola dos infiéis. É chegada a hora de uma reforma política que permita ao eleitor conhecer todos os candidatos e, de alguma forma, saber quem é quem nesse zoológico. Se hoje não se distingue um letrado de um analfabeto como se irá conhecer o caráter de quem nos pede voto?

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DESCOMPROMISSO DA GLOBO

Domingo passado a TV Globo deu mais uma demonstração de que está a serviço da incultura.
À exceção do Esporte Espetacular, que continua com um nível razoável, a Globo manteve as mesmas baboseiras durante o dia e parte da noite.
O era bom – o show de Caetano Veloso e Roberto Carlos comemorando os 50 anos da bossa nova - ficou guardado para as 23 horas.
Ou seja, num horário em que o trabalhador e os jovens dormiam a sono solto para minimizar o sofrimento de enfrentar a segunda de manhã.
Ninguém merece ter, no seu país, uma emissora de TV que tenta sepultar qualquer vestígio de vida inteligente.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Opinião

FALTA NEY
Cansado, sonolento, carregando o peso de uma semana em Brasília, encontrei o padre e deputado federal Luiz Couto (PT-PB) no aeroporto do Recife e, entre uma e outra avaliação do quadro político, eis que surge o nome do ex-senador Ney Suassuna.
Com a placidez típica dos sacerdotes, Couto deixa escapar uma observação que pode estar sendo compartilhada por milhares de pessoas neste momento: o trabalho do então senador Ney Suassuna, em busca de verbas para o Estado da Paraíba, faz falta em Brasília.
Couto despiu-se do componente partidário porque Ney, enquanto esteve no Congresso, integrava os quadros do PMDB, da base de Lula, mas com características próprias. A competência do “trator” do parlamentar de Catolé do Rocha transpôs os umbrais da legenda partidária.
Antes que alguém pense que há sentido depreciativo para qualquer um dos três senadores que estão no Congresso, é bom ressaltar uma palavra do parágrafo acima: características. José Maranhão (PMDB), Cícero Lucena (PSDB) e Efraim Morais (DEM) têm mais do que características diferentes.
Lucena e Morais, componentes de partidos de oposição ao ocupante de plantão do Palácio do Planalto, não têm muitas possibilidades de sucesso nas tentativas de arregimentação de verbas para o Estado ou prefeituras. Podem, no máximo, reivindicar a liberação dos tais “recursos carimbados”.
Maranhão tem a vantagem de ser senador da base aliada de Lula, mas tem a desvantagem de não ser um parlamentar voltado para infernizar a vida da burocracia responsável pela liberação das verbas, incluindo aqueles oriundas das chamadas “emendas de bancada” ou “de parlamentares”.
Voltando a Ney Suassuna, em seus mandatos adotou o estilo avassalador que parece ser a marca do empresário vitorioso, ou seja, vive azeitando a mola-mestra da máquina, que é o dinheiro. E dinheiro para o desenvolvimento de um Estado precisa sair do sócio majoritário, que é o Governo Federal.
Ney faz falta, sim, porque costumava agir como jumento no Sertão ou camelo no deserto: colocava o fardo nas costas e ia despachá-lo pessoalmente nos ministérios, quando não realizava célebres almoços ou jantares com autoridades federais, algumas das quais instaladas bem próximo dos cofres.
Quem vê o dinheiro público jorrando em outros Estados e a Paraíba sendo agraciada com migalhas tem que se revoltar e morrer de inveja. Verbas não caem do céu, mas pode ser fruto da determinação e da articulação de deputados federais e senadores. Era por esses caminhos que Ney costumava trafegar.

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TIÃO AMEAÇADO

O nosso repórter André Gomes informa:
O jornalista e procurador Sebastião Lucena, o Tião Medonho, está sendo ameaçado de ser processado.
É que Tião andou publicando, no blog dele, informações do Sagres (programa do Tribunal de Contas do Estado), a respeito de pagamentos suspeitos efetuados pela Prefeitura de Princesa Isabel.
Seja quem for o falso honesto que anda ameaçando Tião, creio que o Sindicato dos Jornalistas e a Associação Paraibana de Imprensa deveriam se mobilizar.

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JOÃO MANSINHO

O que tem Tião Lucena de brabo tem o deputado João Gonçalves de mansinho no Guia Eleitoral da Capital.
Agora que o famigerado horário eleitoral gratuito está terminando deve se guardar a mudança de estilo que o marketing provocou em João Gonçalves.
Preferia o anterior: ousado, irreverente, falando e gesticulando bastante, sem qualquer interferência exterior.
Na telinha, João parece candidato a Papa e não a Prefeito da Capital.

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JUSTIÇA COM OTINALDO

Justa, mas muito justa mesmo, a homenagem da AETC ao radialista, jornalista e advogado Otinaldo Lourenço no Oscar da Imprensa.
Mário Tourinho e Eliane Sobral não poderiam ter sido mais felizes nessa escolha, como o foram com Adalberto Barreto e o neguim Gonzaga.
Oti revolucionou o rádio paraibano e é dos profissionais mais autênticos com quem tive oportunidade de trabalhar.
Com Otinaldo, o interesse da notícia não era o financeiro, mas a velocidade com que ela chegava ao ouvinte e com seriedade.
Se o rádio pessoense hoje é panfletário, anárquico e obsceno é porque as atuais gerações não se miram no exemplo de Oti.

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JÚLIO EM BRASÍLIA

O superintendente estadual do Sebrae, Júlio Rafael, vai tentar curar uma gripe perto do seu amigo, o presidente Lula.
Júlio embarca neste domingo (27) para Brasília para participar de uma reunião ordinária juntamente com outros 80 dirigentes de Sebrae do país.São dois encontros do gênero no auditório da CNTC - Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio.

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O PADRE E O PREÇO DA LUZ

Registro e-mail do padre Djacy Brasileiro:
Inadmissível, lamentável, ignominioso, absurdo, vergonhoso, esse reajuste de quase 16% nas tarifas de energia elétrica, determinada pela Energisa. Aumento esse, que só vem amargar a vida de milhares de consumidores deste sertão pobre. Todos, indubitavelmente, serão afetados, de modo particular, os pobres, os pequenos, aqueles que dependem unicamente de um mísero salário ou da bolsa família. Com esse aumento estratosférico, haverá menos comida na mesa desses filhos sofridos de Deus e, consequentemente, menos qualidade de vida. É triste saber, que a empresa, através de seus dirigentes, continua irredutível, não cedendo aos pungentes apelos do povo, que grita pela redução desse aumento. Como cidadão, mas, sobretudo, como pastor de um povo esmagado, agredido em sua dignidade de pessoa humana, conclamo a todos os sertanejos no sentido de apoiarem, incondicionalmente, o apagão contra a empresa a ser realizado por várias entidades representativas, como a Cut, Oab, Procon e outras, nesta sexta-feira, a partir das 17h30min às 18h30minh. Vamos, “a partir do horário estabelecido,, manter os eletrônicos e eletrodoméstico desligados por pelo menos 16 minutos dentro do horário estabelecido”. Vamos, sertanejos, nos mobilizar, gritar, lutar contra esse aumento exorbitante, que só trará sofrimento para todos nós. Não podemos ficar calados, acomodados. Lutemos em defesa dos nossos direitos inalienáveis”.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

OPINIÃO

Imprensa puxa-saco
Há 36 anos moro na Paraíba e há pelo menos 30 vivo e sobrevivo da atividade jornalística. Nesse longo intervalo – quase uma vida – vi a ascensão e queda de vários jornalistas e radialistas que enveredaram pelo caminho da política. A maioria teve trajetória efêmera.
Alguns tiveram vitórias antológicas, como aconteceu com o inesquecível Enoque Pelágio, que saiu dos microfones da antiga Rádio Arapuan com seus dois programas – um ao meio-dia e outro, à noite – para ser consagrado vereador pelas empregadas domésticas, das quais ele se orgulhava de ser uma espécie de “príncipe”.
Ainda na Câmara Municipal, a memória não engana para enaltecer outro vitorioso – o colunista Abelardo Jurema Filho. Filho e irmão de peixes – o velho Abelardão foi deputado federal e ministro da Justiça, enquanto Oswaldo Jurema renunciou ao mandato em protesto contra a ditadura militar.
O exemplo mais marcante, porém, foi o salto dado pelo então colunista político do Correio da Paraíba, Soares Madruga, para uma cadeira de deputado estadual e, a partir daí, conduzir uma vitoriosa carreira que incluiu, dentre outras missões, lideranças de Governos e presidência da Assembléia.
Procuro sintetizar, nesses três rápidos exemplos, que profissionais da imprensa da Paraíba não são diferentes de outros que atuam no eixo Rio-São Paulo, não se entrincheiram por trás das palavras e, quando podem, vão à luta e à vitória nas eleições.
A opinião pública – e as pesquisas comprovam isso – tem a imprensa como um dos sustentáculos do que resta de credibilidade a alguns segmentos sócio-políticos deste país. Nem sempre, entretanto, essa admiração é traduzida em votos quando alguns nomes da imprensa põem o pescoço na guilhotina das eleições.
Agora mesmo, por exemplo, há vários colegas disputando cadeiras na Câmara Municipal de João Pessoa, a exemplo de Jonas Batista, Jota Ferreira e Sales Dantas. Estão no horário eleitoral gratuito mostrando a que vieram, colocando a cara com destemor. Se vão lograr êxito, é outra estória, que o 5 de outubro vai escrever.
Infelizmente a imprensa da Paraíba não é feita apenas de vitoriosos e postulantes em espaços políticos. Agora foi inaugurada a modalidade do jornalista puxa-saco, falsas vestais que fingem isenção e, no famigerado guia eleitoral, vão destilar a mais nobre arte da bajulação.
Já não basta ocupar nobres espaços da mídia para atacar adversários de quem simpatizam. Já não basta vender gato por lebre a quem assiste TV, ouve rádio ou lê jornal. O puxa-saquismo e a bajulação estão jogando no lixo o pouco que resta de credibilidade à imprensa paraibana e pessoense, em particular.

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

NEY EM CAMPINA

O ex-senador Ney Suassuna desembarca nesta quarta-feira (10), às 15 horas, em Campina Grande.
Será uma das principais estrelas do jantar de adesão à candidatura de Rômulo Gouveia (PSDB).
E já começam a circular os primeiros adesivos referentes a esse apoio: “Ney pensa grande”.
Há quem garanta que Ney vai esperar ser expulso do PMDB para chegar à campanha de 2010 como “vítima” de Maranhão.

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MINERAL ESTÁ NO PÁREO

A assessoria do deputado Antônio Mineral (PSDB) desconversa, mas o parlamentar tem sido alvo de intensos rumores.
Ele pode ser a alternativa – digamos “profissional” – que o governador Cássio Cunha Lima tem para substituir Dinaldo Wanderley em Patos.
Dinaldo foi duas vezes impugnado – pelo Juiz local e pelo TER – e vai aguardar decisão de recurso ao TSE.
A opção de aproveitar Dinaldinho – filho do candidato – não é considerada porque o rapaz nunca foi testado nem como vereador.

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BRIGA DE SENADORES

Só quem entende a política de Piancó, como Salviano Leite, pode explicar a “briga” entre senadores nas eleições municipais.
A prefeita Flávia Galdino tem o apoio do senador Efraim Morais e do deputado Romero Rodrigues na briga pela reeleição.
O outro candidato, ex-prefeito Edvaldo Leite Caldas, tem o apoio do senador Cícero Lucena e do deputado Armando Abílio.
E, por incrível que pareça, o senador José Maranhão ficou sem palanque no politizado município de Piancó.

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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

OPINIÃO

Tempo de plantar e de colher
O presidente estadual do PMDB, senador José Maranhão, tem marcado presença no Guia Eleitoral do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSDB) e muitos eleitores têm indagado: quem está enganando quem com esse apoio explícito do companheiro Zé ao alcaide pessoense? Com diria Jack, o Estripador, vamos por partes.
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que ninguém está enganando ninguém quando Maranhão aparece no Guia Eleitoral de Coutinho. O fato de ambos serem potencialmente candidatos a governador em 2010 não pressupõe que, nas eleições de 2008, estabeleçam antecipadamente um clima de confronto.
Em socorro a esse argumento é preciso esclarecer que ambos têm um inimigo comum: o esquema político liderado pelo governador Cássio Cunha Lima e integrado por uma liderança de peso na Capital que é o ex-prefeito e senador Cícero Lucena, presumivelmente também pré-candidato ao Governo em 2010.
Sendo assim, é mais do que justo que Maranhão e Ricardo dêem as mãos e caminhem juntos pelos bosques dos sonhos de 2008, inclusive porque precisam apoiar os seus candidatos a vereador e tentar estabelecer bases sólidas, na Câmara Municipal, para o embate geral daqui a dois anos.
O eleitor comum pode não compreender, por exemplo, a ausência do ex-senador Ney Suassuna na atual campanha de Ricardo Coutinho, mas é plenamente justificável. Ney continua apoiando Ricardo, mas quer distância de continuar vinculando sua imagem à de Zé Maranhão, pois o apoio explícito a Rômulo Gouveia (PSDB), em Campina Grande, diz tudo.
A aparição de Maranhão na Guia de Coutinho também tem esse caráter de exclusão das presenças – do ponto de vista do PMDB – indesejáveis no apoio ao Prefeito pessoense. Ney é uma dessas figuras que, hoje, são plenamente descartáveis para Zé e não apenas por causa das arengas passadas, mas pelos futuros embates.
Sabe-se que Maranhão tem verdadeira fixação por voltar a ocupar a principal cadeira do Palácio da Redenção, mas com a habilidade acumulada em mais de 50 anos de embates políticos não ficaria inibido de disputar a reeleição para o Senado numa chapa encabeçada por Ricardo e com possibilidades concretas de vitória.
Com duas cadeiras em disputa – a dele e a de Efraim Morais – Maranhão deixaria o confronto palaciano para Ricardo, possivelmente contra o próprio Efraim e contra Cícero, passando ao embate direto com o governador Cássio Cunha Lima e com Ney Suassuna para o Senado.
Vê-se, assim, que há três possíveis postulantes para cada uma das vagas de 2010: três para Governador e três para Senador. É confortante, para Maranhão, ter visibilidade no Guia Eleitoral do favorito nas eleições da Capital. Está plantando agora para colher em qualquer horta, em 2010.

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AS AGRURAS DE DINALDO

Eis um final de semana para o deputado Dinaldo Wanderley (PSDB) tentar esquecer.
Primeiro, teve a candidatura prefeito de Patos impugnada na sessão de sábado do Tribunal Regional Eleitoral.
No domingo, escapou ileso da capotagem de seu carro nas proximidades de Campina Grande.
De bom, na semana de Dinaldo, parece ter sido apenas a vitória do Flamengo, seu time de coração.

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

PTB, O “CALO” DO PMDB

O presidente estadual do PMDB, senador José Maranhão, não deveria subestimar a habilidade política do presidente estadual do PTB, deputado Armando Abílio.
Tudo indica que um peemedebista seria o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Coutinho, na guerra da reeleição, mas o alcaide desistiu da idéia por pressões do Partido Trabalhista Brasileiro.
A pelo menos um privilegiado interlocutor, Abílio confidenciou que a negociação com Coutinho foi nesses termos: o apoio do PTB seria incondicional, desde que o vice não fosse do PMDB.
Como se vê, a escolha de Luciano Agra para vice de Ricardo não foi tão “técnica” quanto se afirma.

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