sábado, 28 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

A MUSCULATURA DO PSB
Em alguns ambientes onde se respira política em João Pessoa tornou-se lugar comum ouvir a pergunta se o PSB e, por via de consequência, o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, já tem musculatura política suficiente para enfrentar uma briga com o governador José Maranhão.
O que credencia uma musculatura política? O cargo, o número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos na mais recente eleição, a bancada de deputados estaduais e federais, o prestígio junto à direção nacional e a importância dessas lideranças no contexto político? Pode colocar tudo isso num liquidificador e encontrará a resposta.
No confronto entre o PSB e José Maranhão deve-se advertir que não se perca de vista uma série de fatores que, conjugados, podem trazer dores de cabeça para o novo mandatário do Estado e que ainda toma pé da verdadeira situação da “máquina” estatal.
Para início de Governo, até que a movimentação política está boa, mas ainda não há parâmetros para mensurar se Maranhão ou o PSB agiram correta ou incorretamente. Até mesmo a Assembléia Legislativa, que às vezes serve de termômetro para avaliar a temperatura política, está fechada num incompreensível recesso que fere os brios dos trabalhadores comuns.
Maranhão ainda não enviou qualquer mensagem ao Poder Legislativo para mensurar, também, a disposição de aliados e adversários. O PSB dará apoio incondicional ao novo Governo? O deputado Guilherme Almeida, que sentiu no fígado as pancadas desferidas por seu partido, continuará líder na Casa de Epitácio Pessoa? E os deputados que votaram a favor de Guilherme para que ele ocupasse a Secretaria de Interiorização concordam com o desenlace do caso? Se todas estas perguntas ainda não têm respostas, imagine-se como saber se o PSB tem musculatura para brigar com Maranhão.

Leia mais!

PRF NA BERLINDA

Ninguém é contrário à fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, sobretudo depois do advento da lei seca.
O problema é que a PRF parece estar saindo do seu natural comedimento e tentando ser a palmatória do mundo, com todo o respeito.
Nos últimos tempos têm sido feitas algumas blitzens na BR 230 nas imediações do trevo da Cidade Universitária no início das noites, o que atrasa o deslocamento de estudantes e professores para a UFPB e para o Unipê.
Ao que se saiba, quem vai dar aula ou estudar dificilmente ingere bebidas alcoólicas.

Leia mais!

RENDA ALTA, PREÇO ALTO

Alguém já parou para fazer uma comparação entre os preços de estabelecimentos comerciais de áreas ditas “nobres” e outras, digamos, menos aquinhoadas de João Pessoa?
Ainda não? Então acesse as pesquisas que periodicamente estão sendo feitas pelos Procons – o estadual e o municipal.
Quem mora no Cabo Branco, em Tambaú, em Manaíra, no Bessa ou em Intermares paga por um pão, às vezes, o dobro do que paga um consumidor residente na Torre, em Jaguaribe ou no bairro dos Estados.
Assim acontece nos postos de gasolina, nos supermercados, nas farmácias, etc.A lei do mercado é draconiana: quem posa de rico paga mais caro.

Leia mais!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

LÚCIA BRAGA NA FAC

Quem conversou nesta quinta-feira (26) com a ex-deputada Lúcia Braga não deixou de perceber a emoção incontida que lhe causou ser indicada para a FAC por Maranhão.
E não deixa de ter razões para isso pois, afinal, foi quem criou a Funsat – primeira denominação da FAC – nos áureos tempos do Governo Wilson Braga e o embrião oficial do entrosamento dos governos com a pobreza.
Ela tem, agora, a oportunidade de “limpar” o nome da FAC enlameado com toda essa celeuma em torno da distribuição de cheques que resultaram na cassação do governador Cássio Cunha Lima.

Leia mais!

SOMBRA E ÁGUA FRESCA

O PT da Paraíba – quem diria, hein? – fechou o firo em termos de conquista dos poderes.
Já era poder no federal e nos municipais (João Pessoa e Campina Grande, principalmente) e, agora, também o é no estadual.
Quem sabe agora consiga converter toda esse poderio em votos e reconquistar os espaços junto ao eleitor paraibano e a confiança de Dom Aldo Pagotto.

Leia mais!

PRIORIDADES DE MARANHÃO

Pelos primeiros passos dados pelo novo Governo é factível que Maranhão vem priorizando a agenda política, mas em algum momento deve puxar o freio de mão.
Com o cenário de crise em que vive o país e o mundo, o Governador terá que se debruçar imediatamente sobre alternativas de incentivo às atividades produtivas, até porque é diretamente afetado como empresário.
Estados mais fortes, como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro têm comido o pão que o diabo amassa diariamente com a retração nas atividades econômicas.

Leia mais!

VIVA O TURISMO!

O setor turístico, mais especificamente o hoteleiro, começa a dar importantes sinais de vitalidade na Paraíba, sobretudo com o advento de administradores profissionais que obtiveram sucesso em outras paragens.
Nesses momentos de crise é que se conhece a criatividade e tudo indica que esse ramo de atividade deve alavancar boa parte da circulação de dinheiro desse Estado.
Quem viver, verá.

Leia mais!

OPINIÃO

A PRIMEIRA CRISE
Somente os que dispõem de bola de cristal poderiam supor que o novo Governo Maranhão, com menos de uma semana de instalação, teria seu primeiro confronto logo com o esquema político do prefeito Ricardo Coutinho. E que, de Veneziano Vital, em Campina Grande, viriam as primeiras insinuações de candidatura a Governador em 2010.
O Governo Maranhão começa, dessa forma, debaixo do chamado “fogo amigo”, aquele em que os aliados estão dos dois lados e ficam atirando entre si em vez de tentar atingir o inimigo comum. É possível que os esquemas de Ricardo e Veneziano imaginem que, com Cássio defenestrado, não há mais perigos.
Também só quem tem uma boa bola de cristal poderia supor que o primeiro agrupamento a tentar enquadrar José Maranhão numa nova ordem política no Estado tenha sido o de Ricardo Coutinho. O vereador Bira e outros correligionários do Prefeito da Capital disseram nesta quinta-feira (26), em alto e bom som, que Maranhão – com seus mais de 50 anos de militância política dos quais mais de uma década de jejum por causa da ditadura militar – tem que reaprender com Ricardo Coutinho os métodos de agir politicamente e de se relacionar com os aliados. Nem o clã Cunha Lima teve essa ousadia.
O imbróglio criado com a indicação de Guilherme Almeida para a Secretaria de Interiorização poderia ter sido resolvido dentro das próprias fronteiras da aliança de Maranhão com Ricardo Coutinho, com o apoio logístico do deputado Vital do Rego Filho, mas o estardalhaço do “coletivo socialista” pode ter sido um grito de alerta sobre o que vem por aí para quem se arrisca a questionar as pretensões políticas do Prefeito da Capital.
Se Maranhão esperava – ou não – essa crise com o esquema de Ricardo ninguém sabe. O que se pode deduzir é que a questão serviu para acender o pisca-alerta do Palácio da Redenção na sua relação com os Prefeitos das duas principais cidades paraibanas. Pelo que se pode deduzir, Cássio não é o principal adversário do novo Governador.

Leia mais!

GROSSEIRO E INSENSÍVEL

Alguém precisa ensinar bons modos a um funcionário da Defesa Civil do Estado que atende repórteres com rispidez e grosseria no Centro Administrativo, em Jaguaribe.
O cidadão, que não parece compreender sua missão num órgão importante como a Defesa Civil, não se digna a prestar qualquer informação e manda o pessoal procurar a Defesa Civil da Prefeitura.
O dito funcionário não entende duas coisas:
Primeiro: os repórteres estão trabalhando (coisa que o dito funcionário não parece gostar).
Segundo: que uma informação da Defesa Civil pode salvar muitas vidas.
Penhoradamente a sociedade agradece se o feito for chamado à ordem.

Leia mais!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

LONGE DA BRIGA

A assessoria do deputado-padre Luiz Couto distribuiu um release na manhã desta quinta-feira (26) apenas com declarações a respeito da Campanha da Fraternidade.
Couto, sabiamente, passa ao largo da polêmica criada pelo arcebispo Dom Aldo Pagotto que o suspendeu do exercício de rituais católicos.
Apesar de se saber que Dom Aldo não reza pelo catecismo do PT jamais se poderia esperar uma suspensão como a que atingiu Couto.

Leia mais!

PDT EM PITIMBU

Acompanhado de dois deputados pernambucanos, o presidente nacional do PDT, Vieira da Cunha, esteve em Pitimbu no carnaval.
Foi espairecer e assistir ao desfile de um bloco carnavalesco, mas aproveitou para fazer política com representantes do PDT paraibano.
Os desdobramentos devem aparecer nos próximos dias.

Leia mais!

OPINIÃO

PMDB E PSDB, JUNTOS
Depois de vencer as eleições na maioria dos municípios brasileiros e de conquistar as presidências das duas Casas do Congresso Nacional – a Câmara e o Senado – o PMDB tornou-se mais do que o fiel da balança do processo político brasileiro: é a verdadeira “noiva” com a qual todo candidato a Presidente da República gostaria de “casar”.
É bem verdade que, apesar de toda a força demonstrada nas eleições diretas e indiretas realizadas no país nos últimos tempos, o PMDB não consegue sossegar. De um lado tem - com todo respeito - um espírito de porco chamado Jarbas Vasconcelos usando a revista Veja como chicote e desnudando as vestais peemedebistas. Outra revista – a The Economist – resolveu fazer a saudação ao novo presidente do Senado. José Sarney, com uma análise que incomodou toda a classe política.
Independente dessas “mazelas”, o PMDB ignora todo o tiroteio que acontece ao redor dos seus palanques e segue em frente na trilha aberta para encostar Lula e Serra contra a parede. Por conta do reforço que sua musculatura recebeu, nesses meses recentes, o PMDB sente-se imbuído do mais alto valor do chamado “espírito público” para flertar com os dois principais agrupamentos políticos do país.
Transportando essa realidade para o plano local, vê-se que o PMDB da Paraíba terá apenas metade do problema nacional. Conforme o quadro demonstra, o PT paraibano está docilmente localizado sobre a mão de Maranhão e nada poderá destruir essa união indissolúvel até 2010 com o petista Luciano Cartaxo aboletado na cadeira de vice-governador.
A outra metade da questão é onde mora o perigo: e se o PMDB nacional resolver marchar com o tucano José Serra em 2010? Isso pressupõe que, no palanque do ano que vem, os arquirivais José Maranhão e Cássio Cunha Lima poderiam estar juntos disputando cadeiras para cargos majoritários. Impossível, cara pálida? Essa é uma palavra maldita em política, onde prolifera a impressão de que tudo é possível, sobretudo se o objetivo é bom para os dois lados.
A Paraíba tem alguns bons exemplos da “flexibilidade” ou do “pragmatismo” que terminam provocando uniões políticas. Quem imaginaria que, um dia, o clã Cunha Lima se associaria ao PT como aconteceu em Campina Grande? Ou como Wilson Braga poderia compor com o mesmo clã campinense em 2002? Duvidar de um acordo PMDB/PSDB, então, seria negar a arte da política. Quem viver, verá.

Leia mais!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

FIÉIS E INFIÉIS
Uma das maiores decisões tomadas sem necessidade da reforma política foi a de que os mandatos pertencem aos partidos. A fidelidade partidária, agora, é obrigatória, sob pena de todo o esforço de um político para se eleger terminar na lata do lixo da história caso saia da linha e responda na Justiça pelos seus desatinos.
A lembrança de que a fidelidade partidária agora existe de fato pode vir a ser um dilema para deputados tucanos ou democratas que, por qualquer motivo, resolvam desmoralizar as orientações dos seus partidos na Assembléia Legislativa e aderirem ao novo comandante-em-chefe das forças governistas, o peemedebista José Maranhão.
Ainda não se sabe até que ponto irão os dirigentes partidários, mas pelo menos dois agrupamentos – DEM e PPS – já alertaram seus filiados para o perigo de infringirem as determinações. O senador Efraim Morais já teria advertido os democratas para manterem a bandeira de oposição erguida na Assembléia. O mesmo disseram os dirigentes nacionais do PPS que passaram recentemente pela Capital. O enigma continua sendo o PSDB de Cícero Lucena, ninho de Cássio.
Os deputados, principalmente desses três partidos, sabem quais serão os seus interesses afetados pelas determinações do novo Governo. Nomeações de servidores em cargos comissionados, suspensão de recursos para prefeituras e outras cositas devem estar na mira de Maranhão para transferir benesses para seus aliados.
Dessa vez, formar maioria na Assembléia não depende apenas de prazo para que se façam os acertos ou de mero oportunismo. Depende de formalidades jurídicas criadas pela lei que rege a fidelidade partidária. É difícil um parlamentar sobreviver sem apoio do Governo ou de prefeitura. Sem ambos é ainda pior e esse ainda não é o caso dos que saíram do Palácio com Cássio, mas o afastamento permanente pode comprometer muitos projetos futuros.

Leia mais!

CHICO FRANCA VAI À BRIGA

Tudo indica que Chico Franca (PDT), ex-prefeito de João Pessoa, vai comprar uma briga com o governador José Maranhão nos próximos dias.
Chico garante que não deixará a direção da Ageel, a agência estadual reguladora do sistema elétrico da Paraíba.
“Tenho um mandato e vou cumpri-lo”, garante.

Leia mais!

SOUSA VAI AO PALÁCIO

Quando regressar do giro pela Europa com a família, neste sábado ( 28), o deputado Lindolfo Pires (DEM) deve começar as discussões com aliados para decidir sobre uma visita institucional do prefeito de Sousa, Fábio Tairone (PTB), ao governador José Maranhão.
Há quem acredite que a visita será protocolar e servirá para que Tairone deixe Maranhão informado sobre a necessidade do repasse de recursos para setores essenciais, como é o caso da saúde e da educação.

Leia mais!

“VEJA” ELOGIA CÁSSIO

A revista Veja – que mantém a eterna disputa com a Folha de São Paulo pelo troféu Palmatória do Mundo – fez longa matéria, em sua mais recente edição, a respeito dos casos de corrupção denunciados pelo Ministério Público e punidos – ou não – pela Justiça.
Não poderia faltar, à matéria de Veja, abordagem ao caso da cassação do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima.
Surpreendentemente, porém, o texto de Veja ressalta um aspecto: Cássio vinha fazendo um “bom Governo”, na opinião da revista.
Uma pancada no cravo e outra na ferradura.

Leia mais!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

2010 ESTÁ SUSPENSO
Como se tivesse ocorrido um passe de mágica, todas as discussões sobre os desdobramentos para 2010, na Paraíba, foram imediatamente suspensas. Foi o primeiro efeito do choque pela ascensão de José Maranhão (PMDB) ao comando político-administrativo do Estado. Foi apenas o primeiro, mas não será o último, pode crer, caro leitor.
Muitos choques ainda se sucederão, sobretudo porque, agora, Maranhão tem outro ângulo de visão das questões políticas. Aliás, esta é a terceira vez que ele conquista esse privilegiado ponto de observação no Palácio da Redenção: a primeira sucedendo Mariz, a segunda sucedendo a si próprio e a terceira, neste momento, sucedendo Cássio, se isso não representar uma “licença poética”.
Dentre os choques que ainda ocorrerão podem existir alguns até com aliados. A aliança entre políticos é tão tênue quanto o contrato de um técnico de futebol. Ambos vivem de resultados, em campos distintos, sendo que o eleitoral depende do desempenho individual. Eis porque ninguém deve se admirar se, além de “espetar” o ex-ocupante do Palácio da Redenção, Maranhão começar a abrir seu “saco de maldades” contra aqueles que não acreditavam no sucesso do seu processo judicial junto ao TRE, posteriormente referendado pelo TSE.
Todos os planos, todas as estratégias, todas as alvíssaras, todos os conceitos anteriormente engendrados terão que recomeçar do zero. Até mesmo a correlação de forças, de aliados e adversários, mudará à medida em que José Maranhão for avançando seus tentáculos sobre o tabuleiro de xadrez e seu poder de reconstrução do comando político for se disseminando pelas diversas camadas.
Maranhão tem uma primeira missão que é destruir a “máquina” montada por Cássio durante os seis anos em que exerceu o cargo. Paralelamente, o novo Governador tem que conter os ímpetos sonhadores de alguns aliados que se alimentavam da guerra entre o comandante do PMDB e o clã Cunha Lima. A guerra dos dois maiores agrupamentos políticos do Estado vai continuar, mas alguns aliados que ofereceram café frio a Maranhão terão que suportar o cutelo do Palácio.

Leia mais!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

É PRA COMEMORAR?

A Paraíba volta e meia abiscoita – ou abiscoitava - um bom espaço nas Mesas do Congresso Nacional.
Desde Samuel Duarte, que foi primeiro-secretário, de lá para cá o que não falta é paraibano ocupando honrosos lugares no Senado e na Câmara dos Deputados.
Humberto Lucena foi duas vezes presidente do Senado (além de ter sido líder do PMDB), os irmãos Ivandro e Ronaldo Cunha Lima foram primeiros-secretários do Senado, cargo ocupado até há poucos dias por Efraim Morais.
Wilson Braga também já pontificou em cargo de destaque na Mesa da Câmara.
Causa estranheza que o senador Cícero Lucena (PSDB) e o deputado Manuel Júnior (PMDB) comemorem a conquista de uma simples suplência nas Mesas, respectivamente, do Senado e da Câmara.

Leia mais!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

O PT, 2010 E OS NOSSOS IMPOSTOS
O Partido dos Trabalhadores da Paraíba não tem candidato a governador nem a senador em 2010 e mal tem candidatos a deputado estadual e federal. Na disputa para o Palácio da Redenção vai estudar se leiloa o tempo do horário eleitoral gratuito com o PMDB de José Maranhão ou com o PSB de Ricardo Coutinho.
Ao contrário do que este preâmbulo pressupõe, o Partido dos Trabalhadores da Paraíba é a única agremiação partidária que está em campanha aberta e declarada para 2010. Favor não confundir com o “fazer política”. São coisas distintas.
O problema é que à exceção do deputado estadual Jeová Campos, que cumpre mandato na Assembléia Legislativa, todo o restante do PT está se aproveitando do aparelhamento da máquina pública no Estado para fazer proselitismo político. Uns são discretos, mas há os que se esbaldam em desovar o dinheiro público em carrões importados adquiridos por instituições federais, não se constrangem em receber diárias em viagens ao interior para “visitas” e constantes passeios a Brasília ou a São Paulo para reuniões partidárias às custas do Doutor Erário.
Os petistas que dirigem alguns órgãos públicos são incapazes de apresentar estatísticas que justifiquem produtividade nas cadeiras onde estão aboletados, flauteando e distribuindo simpatia enquanto o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho transformado em imposto oxigena as mordomias do que restou do PT paraibano.
Até há pouco ainda havia certa parcimônia de gastos por parte dos petistas que dirigem órgãos federais na Paraíba. Bastou que o chefe Lula sinalizasse com a preferência pela candidatura de Dilma Roussef à sua sucessão para o fantasma perdulário de José Dirceu voltar a arrastar correntes na Paraíba.
O PT paraibano está esbandalhado. Quase não tem representação parlamentar e só elegeu uns poucos vereadores e prefeitos que se utilizaram de bandeiras extra-partidárias para alcançar o objetivo. Quem acompanhou as performances do PT em João Pessoa e Campina Grande anos atrás sabe muito bem do que aqui se proclama.
Os petistas que comandam os órgãos federais na Paraíba imaginam, porém, que ninguém os está observando. Tentam criar armaduras diversificadas – distribuem favores, paparicam jornalistas, distribuem assessorias respaldados por segredos inconfessáveis e praticam o mais deslavado nepotismo, mas não passam de amadores.
Assim como os chefões do mensalão desabaram, outros aqui poderão cair a qualquer momento. Os desavisados e desinformados podem se deixar levar pelos discursos repletos de falsa seriedade, mas a maior tendência do PT paraibano é sumir dos mapas eleitorais. O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, foi alertado para esse fato e recuou de filiar-se ao PT.

Leia mais!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

OS DOIS LADOS ERRADOS
Se a posse da nova Mesa Diretora da Assembléia Legislativa deixou uma lição, neste domingo (1º), foi a de que a classe política paraibana – quer seja o lado oficial ou a oposição – está agindo equivocadamente, senão levianamente, na condução dos seus projetos, como se não tivesse que dar satisfação ao maior interessado, que é o eleitorado.
Como diria Jack, o estripador, vamos por partes: a oposição errou feio quando decidiu não comparecer à sessão domingueira para não ter que referendar a recondução do grupo oficial para um novo período de comando. Vamos e convenhamos: parece mais uma desculpa de quem preferiu aproveitar o domingo para descansar, curtir o sol e otras cositas mas.
Alguém por aí já imaginou o Senado ou a Câmara dos Deputados empossando suas Mesas Diretoras sem a presença do contingente que faz oposição ao Governo Lula no Congresso Nacional? Não seria trágico, pois seria cômico. Serviria de galhofa mundial, entraria para o anedotário político internacional.
E não foi nada mais, nada menos, o que fez a oposição paraibana. Deixou-se embalar por um falso radicalismo e resolveu inaugurar a Caravana da Ausência. A que ponto chegou a classe política paraibana que – mesmo sendo um direito legítimo - deixa de participar de um evento em sua própria Casa porque não concorda com os demais comensais.
Mas se a oposição errou feio, o governador Cássio Cunha Lima também carregou nas tintas quando resolveu desabafar com um discurso ultraradical, apelando para palavras como covardia, etc. O Governador verberou uma opinião adredemente preparada porque sabia que a oposição não participaria deste ato de 1º de fevereiro na Assembléia.
As atitudes da oposição, por mais fantasiosas e rocambolescas que sejam, fazem parte do jogo democrático e esse jogo deve ser jogado com o mínimo respeito, de ambas as partes. Não serão agressões verbais ou físicas que vão resolver os problemas da Paraíba, apesar de se saber que em ambos os agrupamentos políticos principais do Estado existem pessoas que gostariam de resolver os problemas no braço, no tiro ou na faca, infelizmente.
O governador Cássio Cunha Lima vinha se mantendo numa postura discursiva que não arranhava os limites da sobriedade, mas talvez embevecido pelo clima de total respaldo de sua bancada na Assembléia, resolveu chutar o pau da barraca e desmontar o acampamento da oposição à base de catilinárias.
Não é isso que a Paraíba deseja, seja qual for o segmento político no poder ou na oposição. O momento é delicado, tanto do ponto de vista político como econômico, com duas crises batendo à porta. Se não podem se unir em prol de um projeto de desenvolvimento para o Estado que, pelo menos, tenham bom sendo. Não é pedir muito. Afinal, todos são finan ciados por este povo que quer menos agressões e mais trabalho.

Leia mais!