segunda-feira, 13 de outubro de 2008

OPINIÃO

SEM CORONÉIS NEM DEMAGOGOS
O eleitorado paraibano deveria prestar mais atenção para o conteúdo dos discursos políticos – se é quem eles têm algum – para começar a discutir os rumos da campanha de 2010. Não é possível aceitar passivamente que os métodos arcaicos continuem prevalecendo.
É necessário se dar um pouco, pelo menos um pouquinho, de modernidade ao raciocínio político nesse Estado. É degradante ver a discussão política sendo conduzida em formatos coronelistas ou demagógicos. As duas fórmulas deveriam ser rejeitadas por caduquice.
O processo coronelista está montado nas premissas do sistema disseminado desde os primórdios do século passado e que prevalece na maioria das regiões, inclusive sob a liderança de alguns rostos juvenis que, na realidade, nada mais são do que pais, avôs e bisavôs reencarnados politicamente.
O processo demagógico, por sua vez, também emergiu no século passado por conta e risco de lideranças surgidas durante a - e depois da - ditadura militar valendo-se de sistemas de aliciamento em que prevalece o poder econômico ou com o uso abusivo da propaganda massificada, de preferência às custas do dinheiro público.
Na Paraíba esses dois estamentos políticos estão cada diz mais perceptíveis, estão mais visíveis, mas infelizmente não é privilégio apenas desse Estado. Há várias formas de coronelismo em outras áreas do Brasil, mas os demagogos praticamente rezam pela mesma cartilha do Acre ao Rio Grande do Sul.
O novo coronel é perfeitamente confundível pela prepotência e o distanciamento com que trata o eleitorado. O demagogo é mais sutil porque finge que está próximo, tem um comportamento “pegajoso”, mas mantém o eleitor – no caso, o contribuinte – como massa de manobra para seu objetivos pessoais.O melhor antídoto para afastar as duas espécimes da urna eletrônica é a inteligência do eleitor.
É preciso discutir um projeto de modernidade para a Paraíba como foi feito no final dos anos 90 pelo Ceará e pela Bahia, alcançando até o Rio Grande do Norte e Pernambuco. É preciso tentar e ver que nem tudo está perdido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimo jornalista,

É verdade, merece uma reflexão muita séria. Importante seus comentários, pois, a massa continua longe de todas as discussões. Afinal, somente na Paraíba temos os salvadores de plantão? E, infelizmente, a transformação na Paraíba vai demorar muito. Todos os dias o que se vê é uma guerra do poder, pelo poder, para o poder. E tem mais, não podemos acreditar nem na Justiça (eita, essa.... vixe maria), sem falar da mídia tendenciosa que aumenta o fosso entre o inútil e o imprestável.
Com cordiais saudações,

Benedito Fonsêca

Anônimo disse...

Caríssimo jornalista,

É verdade, merece uma reflexão muita séria. Importante seus comentários, pois, a massa continua longe de todas as discussões. Afinal, somente na Paraíba temos os salvadores de plantão? E, infelizmente, a transformação na Paraíba vai demorar muito. Todos os dias o que se vê é uma guerra do poder, pelo poder, para o poder. E tem mais, não podemos acreditar nem na Justiça (eita, essa.... vixe maria), sem falar da mídia tendenciosa que aumenta o fosso entre o inútil e o imprestável.
Com cordiais saudações,

Benedito Fonsêca