terça-feira, 7 de outubro de 2008

Opinião

FALTAM 20 DIAS PARA 2010
Poucos dias antes das eleições municipais estive conversando com um influente deputado estadual. Na informalidade, essa liderança ponderava que os senadores Efraim Morais (DEM) e Cícero Lucena (PSDB) estavam se deixando transformar em meros coadjuvantes do processo político.
Fiquei matutando e não vi profundidade nessa análise do meu interlocutor. Tomando Efraim como exemplo: todos sabem a forma silenciosa com que ele ataca os colégios eleitorais e foi essa forma de agir que o fez surpreender nas eleições de 2002, sendo catapultado para o Senado.
Cícero Lucena tomou gosto pela política ao tempo em que foi incorporado ao clã Cunha Lima como vice-governador de Ronaldo e, de lá para cá, apesar dos problemas enfrentados com a Justiça por conta da Operação Confraria, tem se desincumbido bem nos desafios por mandatos.
O quadro político que saiu da eleição comprova que Efraim e Cícero, que não estavam disputando nada nas eleições deste domingo (5), jogaram sobre o colo do governador Cássio Cunha Lima um bloco conjunto de quase uma centena de municípios. Seus partidos, isoladamente, perderam moderadamente para o PMDB.
O PMDB saiu dessa eleição como o maior partido do Estado e, conseqüentemente, isso deixa o seu presidente estadual, o senador José Maranhão, com cartas de sobra na manga para operar o jogo das eleições de 2010. Nesta segunda-feira (6) começou uma nova fase política no Estado.
Dentro de mais 20 dias, quando se concretiza o segundo turno em Campina Grande, a roda das eleições gerais começa a girar. É assim na Paraíba: termina uma eleição e imediatamente começa outra. É inexorável. Não tem perdão. E quem for podre que se quebre, como diziam os antigos.
Os três maiores partidos do Estado – PMDB, PSDB e DEM – começam a fazer novas contas e estatísticas sem qualquer participação do IBGE. Números que viram ações políticas, que dão encaminhamento aos raciocínios e que interferem na vida de milhares de pessoas.
A eleição municipal era apenas o adorno de um quadro político que irá se consolidar em 2010. O que sairá das cartolas de Maranhão e de Cássio não serão inofensivos coelhos, mas alguns sérios torpedos que atingem os pequenos, depois chegam aos mais experientes e, por último, detonam os generais.Todas as atenções agora estão duplamente voltadas para Campina Grande.
Primeiro, pela performance do Campinense na Série C do Campeonato Brasileiro. Segundo, com todos querendo ter o dom da adivinhação para saber quem será o vitorioso no embate Veneziano X Rômulo. Que vença o melhor.

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