quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

OPINIÃO

TEMPORADA DE COTOVELADAS
Poucos Estados têm uma atividade política tão dinâmica quanto a Paraíba. Essa vitalidade independe de regiões, de crenças, de cor da pele e de nível de escolaridade dos personagens. Cada um se julga “animal político” e acredita que ser assim basta para se arriscar nas disputas de mandatos ou de cargos.
No contexto do excesso de vitalidade não estão inseridas, evidentemente, as chamadas “raposas políticas” que, do alto de suas sapiências, preferem esperar o melhor momento para as definições, como também é conhecido o “risco calculado”. As grandes lideranças se formam, sobretudo, em função da paciência e da falsa humildade, com todo o respeito.
Observe-se o momento político vivido pela Paraíba, onde a palavra mais valorizada no dicionário, hoje, “indefinição”, tendo em vista a situação de Cássio Cunha Lima que governa com um olho no Estado e outro no Tribunal Superior Eleitoral. Ou como ele definiu num encontro com jornalistas: “É um Governo que balança, mas não cai”.
Note-se, ainda, a enxurrada de lançamentos de candidaturas ao Governo para 2010 e nenhuma que se apresenta, aos olhos dos imberbe leitor, pode ser avaliada sob a ótica da possibilidade de se concretizar. Mas a classe política não perde a oportunidade de ocupar os espaços aparentemente vazios.
Cássio e Maranhão se engalfinham nos tribunais para saber quem vai ocupar a principal cadeira do Palácio da Redenção e um sem-número de políticos abre espaços a cotoveladas para chegar à mídia para colocar seus nomes em evidência para 2010.
Quando não fazem o auto-lançamento de suas candidaturas ao Governo, aproveitam para exercitar o dom da bajulação lembrando a possível disputa que envolva o nome daquele que deseja paparicar. A ânsia de “aparecer” ou bajular é tão grande que, além de engraçado, às vezes se torna um fato repugnante pelo tom de falsidade ou oportunismo contidos nesses “lançamentos”.

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