domingo, 22 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

2010 ESTÁ SUSPENSO
Como se tivesse ocorrido um passe de mágica, todas as discussões sobre os desdobramentos para 2010, na Paraíba, foram imediatamente suspensas. Foi o primeiro efeito do choque pela ascensão de José Maranhão (PMDB) ao comando político-administrativo do Estado. Foi apenas o primeiro, mas não será o último, pode crer, caro leitor.
Muitos choques ainda se sucederão, sobretudo porque, agora, Maranhão tem outro ângulo de visão das questões políticas. Aliás, esta é a terceira vez que ele conquista esse privilegiado ponto de observação no Palácio da Redenção: a primeira sucedendo Mariz, a segunda sucedendo a si próprio e a terceira, neste momento, sucedendo Cássio, se isso não representar uma “licença poética”.
Dentre os choques que ainda ocorrerão podem existir alguns até com aliados. A aliança entre políticos é tão tênue quanto o contrato de um técnico de futebol. Ambos vivem de resultados, em campos distintos, sendo que o eleitoral depende do desempenho individual. Eis porque ninguém deve se admirar se, além de “espetar” o ex-ocupante do Palácio da Redenção, Maranhão começar a abrir seu “saco de maldades” contra aqueles que não acreditavam no sucesso do seu processo judicial junto ao TRE, posteriormente referendado pelo TSE.
Todos os planos, todas as estratégias, todas as alvíssaras, todos os conceitos anteriormente engendrados terão que recomeçar do zero. Até mesmo a correlação de forças, de aliados e adversários, mudará à medida em que José Maranhão for avançando seus tentáculos sobre o tabuleiro de xadrez e seu poder de reconstrução do comando político for se disseminando pelas diversas camadas.
Maranhão tem uma primeira missão que é destruir a “máquina” montada por Cássio durante os seis anos em que exerceu o cargo. Paralelamente, o novo Governador tem que conter os ímpetos sonhadores de alguns aliados que se alimentavam da guerra entre o comandante do PMDB e o clã Cunha Lima. A guerra dos dois maiores agrupamentos políticos do Estado vai continuar, mas alguns aliados que ofereceram café frio a Maranhão terão que suportar o cutelo do Palácio.

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