quinta-feira, 7 de maio de 2009

OPINIÃO

O PASSEIO DE GEDDEL
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, fez um pouso de emergência nesta quinta-feira (7) na Paraíba. De emergência política, explica-se. O roliço baiano auxiliar de Lula veio trazer o que há de melhor na Esplanada dos Ministérios: conversa fiada. Não deixou um centavo, deu um show de fastio com a imprensa e tentou disfarçar o caráter político de seu périplo por alguns Estados do Nordeste.
Geddel, na política baiana, sobressaiu-se com as naturais mudanças de gerações. Enquanto ACM e Roberto Santos davam as cartas ele ainda andava de calças curtas. Teve um brilho repentino após a morte do filho de ACM – Luiz Eduardo Magalhães – porque, na Bahia como na Paraíba, demora muito para ocorrer a renovação das lideranças. E quando elas se renovam, é para pior.
Geddel, como ministro da Integração Nacional, está enfrentando uma singularidade: a maioria dos Estados mais atingidos pelas chuvas é governada por correligionários do partido dele - o PMDB. Santa Catarina, Paraíba ,e Maranhão são peemedebistas. Bahia e Ceará estão em mãos de aliados, do PT e do PSB, respectivamente.
Geddel alimenta a esperança do PMDB indicá-lo candidato a vice numa chapa encabeçada pela petista e torturada Dilma Roussef. Hoje é o primo pobre dessa estória: Dilma há tempos está na estrada como “mãe do PAC”. Geddel – que um dia foi radicalmente contra a transposição de águas do Rio São Francisco e hoje é o mais entusiasta defensor do projeto – está sendo obrigado a buscar visibilidade em alguns escombros que a natureza amontoou no Nordeste e no Sul.
Geddel desembarcou no campo de pouso denominado de “Castro Pinto”, foi simpático e gentil a fórceps no contato com os jornalistas e saiu como chegou: de mãos abanando. Só faltou dizer que Lula não mandara nada para os desabrigados porque essa chuvarada no Nordeste é uma marolinha. Para não deixar sequer um mísero convênio não precisava o sr. Geddel Vieira fazer esse périplo: uma cadeia de rádio ou uma teleconferência resolveriam. E em matéria de discurso tem gente melhor por aqui, começando por Gilvan Freire, Assis Camelo, Vital do Rêgo e por aí vai.

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