quarta-feira, 27 de maio de 2009

OPINIÃO

TSE DÁ OXIGÊNIO
Ainda é cedo para aquilatar o grau de importância que a decisão do TSE pode exercer sobre a política paraibana ao manter intocáveis os mandatos do governador José Maranhão (PMDB) e do senador Cícero Lucena (PSDB). Ambos receberam atestados de idoneidade da Justiça e vão exibi-los exaustivamente nas próximas campanhas eleitorais.
A decisão do tribunal que cassou Cássio Cunha Lima há pouco menos de quatro meses de imediato estabelece o afastamento da possibilidade de nova eleição para o Governo do Estado, caso a ação contra Maranhão tivesse sido aceita pelos doutos ministros. E, por extensão, impõe ao ex-senador Ney Suassuna o exílio político pelo menos até as eleições de 2010.
Passada a sessão do TSE na qual foram tomadas essas decisões, nesta terça-feira (26), imagine-se por exemplo, os efeitos que o inverso causaria nos cenários políticos paraibano e nacional. O PMDB perderia um governador e ganharia um senador e o PSDB perderia um senador e ganharia um governador (pelo menos interinamente a cadeira seria ocupada pelo presidente da Assembleia, Legislativa, Arthur Cunha Lima, que é tucano).
O mundo estaria virado de cabeça para baixo. O que era ontem hoje já não seria mais. Pareceria enredo de filme de ficção, mas essas podem ser as voltas que a vida dá em função das lides jurídicas. PMDB e PSDB, como se vê, ficam do jeito que estão. Ou talvez, como diria Caetano Veloso.
O atestado de idoneidade, repito, dado a Maranhão e a Cícero concede-lhes, também, a oxigenação que precisavam para apresentarem-se diante da platéia como candidatos ao Palácio da Redenção em 2010. Se Maranhão ainda não disse se é – ou não – candidato, é difícil imaginar que Cícero Lucena esteja blefando, ganhando musculatura para desistir adiante.

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