segunda-feira, 8 de junho de 2009

OPINIÃO

OS PSBs DA PARAÍBA
Há dois Partidos Socialistas Brasileiros na Paraíba. Há um PSB da Prefeitura de João Pessoa e um PSB do Governo do Estado. Há um PSB amparado na folha de pagamento da Prefeitura da Capital, grudado no prefeito Ricardo Coutinho. Há um outro PSB que acompanha o governador José Maranhão aonde ele estiver.
Dias atrás Maranhão estava na Rádio Tabajara concedendo entre vista aos jornalistas e, com ele, estava o deputado federal Marcondes Gadelha, que é do PSB. Neste fim de semana (como em outros) Maranhão estava em Guarabira e quem estava ao lado dele era o deputado federal Manuel Júnior, que é do PSB.
Ricardo Coutinho tem sido visto em diversos municípios – Mamanguape, Campina Grande, Guarabira e Cabaceiras – e consegue arregimentar, dentre lideranças de peso, o deputado federal Armando Abílio, que é do PTB e não do PSB. O alcaide pessoense consegue atrair, no máximo, pequenas lideranças locais.
É ingenuidade imaginar que alguém pode ser candidato a governador de um Estado perambulando pelos municípios sem a companhia de seus companheiros de partido com mandatos importantes – deputados federais e estaduais – e vendo esses seus correligionários paparicando o governador, que é filiado a outro partido.
Para Ricardo, até onde a vista alcança, Maranhão é um adversário. Para algumas lideranças do PSB paraibano Maranhão continua sendo o mesmo aliado de 2006. E não venham os socialistas municipais dizer que o “racha” deve ser debitado na conta dos parlamentares.
Nada disso. O problema é que o prefeito Ricardo Coutinho imaginou que as proeminentes lideranças do PSB paraibano – como Manuel Júnior, Marcondes Gadelha, Nadja Palitot e Guilherme Almeida, entre outros – se sentiriam intimidados como aconteceu tempos atrás com o PT quando o então deputado hoje alcaide resolveu apostar no “racha” para fazer a careira solo.
O problema, agora, é que as lideranças do PSB que estão com Maranhão tem oxigênio próprio, respiram com seus próprios narizes, não compõem nenhum “coletivo” que lhes obrigue a viver sob a dependência de Coutinho, a não ser pelos critérios da fidelidade partidária.
O egocentrismo de Coutinho parece não ter limites. Está destruindo o PSB como quase destruiu o PT paraibano. O Partido dos Trabalhadores conseguiu se redimir em parte dessas perdas compondo a chapa de Maranhão em 2006 com Luciano Cartaxo. Se Ricardo soubesse que o destino reservaria esse espaço privilegiado para o PT em 2009 por certo não teria deixado a legenda petista.

1 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pela lúcida constatação e se não bastasse o alcáide ainda pensa que pode intimidar as pessoas que enxergam adiante o seu gosto e até obstinado desejo pelo poder.