segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O TRUNFO É “PAUS”

O velho e querido amigo Marcos Aurélio, hoje aposentado do Banco do Nordeste, costumava abrir as jornadas esportivas pela Rádio Tabajara com um suave “abrem-se as cortinas para o grande espetáculo”. Só ele para colocar um pouco de erudição numa luta feroz entre 22 adversários.
A lembrança de Marcos Aurélio foi apenas um pretexto para iniciar o registro de que a campanha eleitoral de 2010 começou nesta segunda-feira (14) e o protagonista desse lançamento foi exatamente o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, durante uma pré-convenção do DEM no hotel Tambaú.
O alcaide pessoense finalmente tirou suas aspirações do subterrâneo e colocou-as na superfície, assumindo com unhas e dentes – quem diria, hein? - a defesa do ex-governador Cássio Cunha Lima. Graças a Efraim Morais e o substituto do PFL não há mais sombras na pré-campanha: a candidatura do PSB saiu do armário.
Ricardo iniciou a campanha num tom, pelo visto, “n” vezes mais agressivo do que o próprio Cássio impôs em 2002 contra Roberto Paulino e em 2006 contra José Maranhão. RC não parecia querer convencer o eleitor, mas impor medo àqueles que estão no Governo atualmente.
O discurso de Coutinho, no Tambaú, ficou na fronteira da disposição para fazer uma campanha política e o desequilíbrio emocional resvalando para palavras hostis ou ameaçadoras àqueles que não pretendem compartilhar do seu sonho de chegar ao Palácio da Redenção.
Pelo que se ouviu no hotel Tambaú dá para imaginar que o trunfo desse jogo sucessório, em 2010, será a carta de paus. Se o estilo da campanha de Coutinho for esse, pela via da agressão verbal e intimidatória, seria melhor aconselhar-se com quem conhece o eleitorado da Paraíba.

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