terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O SOLITÁRIO DE ÁGUA FRIA

O esquema político do prefeito de João Pessoa e pré-candidato a governador Ricardo Coutinho (PSB) não existe. O que existe, na realidade, é o esquema político do ex-governador Cássio Cunha Lima e que derruba todas as teses sobre comprometimento ideológico do alcaide pessoense.
Coutinho embarcou na nave-mãe de Cássio e, com isso, tornou-se apenas mais um agregado de um aglomerado de interesses que visa unicamente o poder e suas benesses. Não que isso esteja errado, compreenda-se, num país onde a negação dos compromissos é uma constante e cada vez mais seduz as novas gerações.
Da noite para o dia o chamado “Coletivo Ricardo Coutinho” foi engolido pela tropa de choque de Cássio e os flagrantes armados pela assessoria do candidato a governador – abraços, conchavos, etc. – demonstram somente que ele é um ente solitário, dependente do clã Cunha Lima e sem acompanhantes.
Desde que ascendeu à condição de vereador em João Pessoa, numa carreira fulminante que envolveu um mandato e meio de vereador e mais um mandato e meio de deputado estadual, Ricardo marcou época no PT por comandar uma facção que se pretendia maior que o partido. E não era.
Por seu estilo personalista e autoritário, que exala arrogância para todos os lados, costuma transferir seus defeitos e do “Coletivo Ricardo Coutinho” para os desafetos, sobretudo jornalistas. Sua agressividade para constranger repórteres chega a ser patética. Se acha forte para os fracos, mas é fraco para os fortes.

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