quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Opinião

PREVALECEU O BOM SENSO
Tudo indica que a pulverização das tropas do Exército pelo Estado da Paraíba, no período eleitoral, ocorrerá sem traumas, mas que os movimentos do xadrez político anteriores à convocação das tropas federais vai deixar seqüelas, é lógico que deixará nos segmentos estatais.
Felizmente o bom senso prevaleceu e o Tribunal Regional Eleitoral convenceu-se de que o acirramento de ânimos capaz de justificar a convocação de tropas federais não é um fenômeno exclusivo de Estados como Amazonas, Pará, Rio de Janeiro e Mato Grosso, entre outros.
Desde que o Brasil foi descoberto sabe-se que as policiais locais não têm condições de apartar brigas políticas. Não há isenção absoluta de quem é comandado por um segmento político que tem outro a fustigá-lo. O TRE-PB bem que pensava em romper esse círculo vicioso, mas rendeu-se à realidade.
Evidente que o presidente da Corte Eleitoral, desembargador Nilo Ramalho, confiava em contar apenas com as tropas comandadas pelo secretário de Segurança, Eitel Santiago, e pelo coronel Kélson Chaves, mas as vozes dos juízes que vivem o calor de refrega terminou gritando mais alto.
Nem de longe pode-se imaginar que a Polícia Militar esteja despreparada para reprimir situações de conflito, mas o problema é que parte da credibilidade do contingente da PM tem se exaurido em situações vexatórias, apesar da maioria do seus oficiais ser bem preparada para acontecimentos de grande e médio portes.
Também em ocasiões anteriores, quando outros eram secretários de Segurança e comandantes da PM, imaginou-se que a PM e a Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Federal, daria cabo da missão de controlar os ânimos entre facções políticas. Esse filme, portanto, é antigo.
O esquema verde-oliva já está se preparando para entrar em campo no “Dia D” e isso não quer dizer, evidentemente, que os tumultos serão menores e que as confusões vão sumir num passe de mágica. Mas que aquela farda saída do Grupamento de Engenharia impõe respeito a muito sujeito brabo, isso impõe.

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