terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

O PT, 2010 E OS NOSSOS IMPOSTOS
O Partido dos Trabalhadores da Paraíba não tem candidato a governador nem a senador em 2010 e mal tem candidatos a deputado estadual e federal. Na disputa para o Palácio da Redenção vai estudar se leiloa o tempo do horário eleitoral gratuito com o PMDB de José Maranhão ou com o PSB de Ricardo Coutinho.
Ao contrário do que este preâmbulo pressupõe, o Partido dos Trabalhadores da Paraíba é a única agremiação partidária que está em campanha aberta e declarada para 2010. Favor não confundir com o “fazer política”. São coisas distintas.
O problema é que à exceção do deputado estadual Jeová Campos, que cumpre mandato na Assembléia Legislativa, todo o restante do PT está se aproveitando do aparelhamento da máquina pública no Estado para fazer proselitismo político. Uns são discretos, mas há os que se esbaldam em desovar o dinheiro público em carrões importados adquiridos por instituições federais, não se constrangem em receber diárias em viagens ao interior para “visitas” e constantes passeios a Brasília ou a São Paulo para reuniões partidárias às custas do Doutor Erário.
Os petistas que dirigem alguns órgãos públicos são incapazes de apresentar estatísticas que justifiquem produtividade nas cadeiras onde estão aboletados, flauteando e distribuindo simpatia enquanto o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho transformado em imposto oxigena as mordomias do que restou do PT paraibano.
Até há pouco ainda havia certa parcimônia de gastos por parte dos petistas que dirigem órgãos federais na Paraíba. Bastou que o chefe Lula sinalizasse com a preferência pela candidatura de Dilma Roussef à sua sucessão para o fantasma perdulário de José Dirceu voltar a arrastar correntes na Paraíba.
O PT paraibano está esbandalhado. Quase não tem representação parlamentar e só elegeu uns poucos vereadores e prefeitos que se utilizaram de bandeiras extra-partidárias para alcançar o objetivo. Quem acompanhou as performances do PT em João Pessoa e Campina Grande anos atrás sabe muito bem do que aqui se proclama.
Os petistas que comandam os órgãos federais na Paraíba imaginam, porém, que ninguém os está observando. Tentam criar armaduras diversificadas – distribuem favores, paparicam jornalistas, distribuem assessorias respaldados por segredos inconfessáveis e praticam o mais deslavado nepotismo, mas não passam de amadores.
Assim como os chefões do mensalão desabaram, outros aqui poderão cair a qualquer momento. Os desavisados e desinformados podem se deixar levar pelos discursos repletos de falsa seriedade, mas a maior tendência do PT paraibano é sumir dos mapas eleitorais. O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, foi alertado para esse fato e recuou de filiar-se ao PT.

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