segunda-feira, 30 de novembro de 2009

OPINIÃO - A PRÓXIMA “GUERRA”

Quem acompanhou os acontecimentos que antecederam, na Assembléia, à aprovação daquele célebre empréstimo do Governo do Estado junto ao BNDES e do remanejamento dos quase R$ 600 milhões entre rubricas do Orçamento estadual pode imaginar o que acontecerá quando estiver em jogo o Orçamento de 2010.
Há um posicionamento até certo ponto insano de parlamentares da Oposição para obstacular algumas das principais mensagens enviadas, pelo Palácio da Redenção, à Casa de Epitácio Pessoa. Por outro lado, há uma Situação que age como se esperasse que os adversários se auto-anulem nos debates.
Os dois lados podem estar equivocados porque o radicalismo – de um lado – atrasa a realização de obras que, na essência, geram emprego, renda, ocupação, circulação de riquezas e outros detalhes que cabem aos técnicos observar e destacar.
Uma parte da bancada do Governo resolveu ir à luta e enfrentar a maioria oposicionista. Esse comportamento, porém, não é consensual. Há muita gente se esgueirando dos grandes debates e já há quem faça insinuações de que os ditos “omissos” teriam recebido benesses do Governo passado e estão, como se diz na linguagem popular, “com o rabo preso”.
Pode qualquer parlamentar estrilar achando que se comete uma ignomínia em desconfiar da cumplicidade da antiga oposição com o Governo de então. Ignomínia seria um oposicionista banquetear-se na mesa do Governo as escondidas.
Espera-se que os espertinhos de plantão não vejam, no Orçamento de 2010, o labirinto ideal para tentar aparecer no jogo político às custas de algo tão sério. Ali estão as vidas de pessoas (funcionários públicos ou não), de empresas (públicas ou não) e de vários outros organismos que dependem do Erário.
As mais recentes votações na Assembléia têm feito com que políticos tidos como sensatos, coerentes e pacíficos transformem-se, da noite para o dia, em virulentos terroristas, exímios articulares de procrastinação que não atrasam o Governo, mas a Paraíba.

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